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Uma Teoria sobre A Dança e A Conexão

Desde o alvorecer da civilização, temos contemplado a beleza e as maravilhas do mundo natural que nos rodeia e nos perguntado sobre sua origem. A fascinação pelos mistérios do Universo faz parte da condição humana.

Ao mesmo tempo em que admiramos boquiabertos a sua extensão e beleza, sentimos o desafio de conhece-lo e o desejo de descobrir a sua conexão conosco.                      

O tamanho do Universo observável, hoje sabemos, é cerca de 3 milhões de bilhões de vezes maior do que estimara Ptolomeu – 3 × 1015 unidades astronômicas.

O ano-luz, equivale à distância que a luz percorre no vácuo em um ano de viagem, cerca de 9,5 trilhões de km, ou 63.241 unidades astronômicas. A fronteira do Universo observável, está a cerca de 46,5 bilhões de anos-luz de nós.

Nesse espaço inimaginavelmente vasto, a Terra e tudo que existe nela não passam de menos que um grão de areia. Com efeito, há mais estrelas no Universo que grãos de areia em todas as praias do nosso planeta. E, no entanto, ainda que não passe de um grão em meio à vastidão do Universo, nosso mundo tem uma peculiaridade que faz dele um lugar especial.

Trata-se de um mundo com tipos específicos de vida. Até o momento, o único que conhecemos e que reconhecidamente serviu de palco para esse fenômeno incrível. Incrível devido, por exemplo, as reações químicas envolvidas no metabolismo dos organismos vivos – as complexas trocas e permutações de moléculas que estão acontecendo exatamente neste momento em todas as células do seu corpo, inclusive nos neurônios do seu cérebro, 100 bilhões de neurônios com 100 trilhões de conexões – que poder!

Entretanto, vivemos em uma época acelerada, onde nosso despertador ferozmente nos diz “levante-te e ao trabalho”. Corre-corre danado, mal há tempo de tomar um café da manhã em paz, um banho revigorante, nada;
é tudo na mais louca correria.

São tantas coisas que nos envolvem desde o momento em que despertamos do sono que mal temos tempo para pensarmos em nossa relação com o mundo, com o universo e com o que acontece em nós.

Nosso cérebro adaptado ao piloto automático nos empurra para o cotidiano, para aqueles de nós familiarizados com ritos e outras práticas tais como meditação ou a Yoga, fica evidente que realizar um ato mágicko ou uma meditação requer tempo e concentração e principalmente Disciplina.

Tais praticas nos colocam em harmonia com nosso interior e expande nosso conhecimento sobre a vida e toda a sua maravilhosa complexidade.

Entretanto, prática sem consciência é como verbo sem espirito. Se não entendemos aquilo que fazemos, um rito, o sentido de uma oração, não vamos adentrar em outras vibrações ou conexões. Por exemplo, ao praticarmos o Liber Resh, ou Resh, sem a mínima consciência do sol, de sua jornada, dos arquétipos, do sol sob a ótica do Novo Aeon, facilmente adentramos no campo de fazer sem entender.

Outro exemplo é um curto ritual conhecido como “Will”, ou “Dizer a Vontade” antes da principal refeição do dia. Pensemos no alimento em si, em todo o seu processo até chegar finalmente em nossa mesa, não passou ele pela luz do Sol, por chuvas, ventos e noites estreladas? Como ele se distribui pelo corpo, como conecta-se com tudo isso?

Quão conectados com à Terra biologicamente, quão conectados química e anatomicamente estamos com o Universo?

Assim também podemos observar em toda a vida, que a magia da interação acontece, seus efeitos são maravilhosos como podemos comprovar ao olharmos para uma flor, uma pedra, uma estrela, um ser humano. Porém ao que tudo indica, desligados ou ocupados demais para pensarmos, muitos de nós, parecem não atentarem para a nossa relação com o Universo e a Magick da vida…

Continua…

Autor: Frater Tahuti