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Teus pés na lama, a tua face escura,
Oh homem, que penosa condição!
A dúvida te afoga, e a vida dura
Para sofrer: Vontade ou percepção,
Para lutar e faltam.
Nessa agrura,
Nenhuma estrela, não!

Teus Deuses? São bonecos dos teus padres.
“Verdade? Tudo é relativo!” diz
Oh cientista. Queres que tu ladres
Com o teu cão… E por que não? Servis,
Ambos, e o amor-instinto os faz compadres.
Mas que vida infeliz!

Tua carniça estremeceu de ver-se
Um torrão, atirado pela chance,
Do barro universal; sem alicerce,
Sofrendo, e para quê? Pois que alcance
Dá o acaso e este barro a contorcer-se?
Mas que tolo rimance!

Todas as almas são, eternamente;
Cada uma individual, ultimal.
Perfeita; cada faz-se um véu da mente
E carne, e assim celebra o seu bridal
Com outra gêmea máscara que sente
Amar de amor lustral.

Alguns, embriagados com seu sonho,
Não querem que ele finde, e se confundem
Com o jogo de sombras enfadonho.
Um astro então que chame os que se afundem
Na ilusão, e eles brilham no risonho
Lago da vida e fundem…

Tudo que começou não terá fim;
O universo perdura porque é.
Portanto, Faze o que tu queres; sim
Todo homem e toda mulher é uma estrela.
Pan não morreu; Pan, ele vive!
Assim, Quebra os grilhões! De pé!

Ao homem venho, número de um homem
Meu número, Leão de Luz; enrista
A Besta cuja Lei é Amor; pois tomem
Meu amor sob vontade e vejam!
– Crista De sol interna e não externa!…
Homem! Eis uma estrela à vista!

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